Henri Cartier-Bresson: Um divisor de águas na história da fotografia contemporânea

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Nascido em Chanteloup, na França, Henri cresceu em uma família abastada, o que proporcionou a ele diversas oportunidades. Mas nada disso diminui o brilhantismo e as batalhas que enfrentou. Desde pequeno, Henri já demonstrava suas inclinações para a arte, especificamente pela pintura, estudou em um estúdio em Paris e guiado pelo seu tio, apesar de seu pai também desenhar, teve como professor um aluno do renomado Fernand Cormon.

Henri Cartier-Bresson – Magnum Photos

Ainda na infância, já fotografava com sua Box Brownie da Kodak, mas foi aos 22 anos, em uma viagem a Marselha, que ele se descobriu como fotógrafo, ao contemplar a fotografia do Húngaro Martin Munkácsi: Três Rapazes no Lago Tanganica.

“A única coisa que era uma surpresa completa pra mim e me levou à fotografia foi o registro de Munkacsi. Quando eu vi a fotografia dos meninos negros correndo em direção à onda, eu não pude acreditar que tal coisa poderia ser captada por uma câmera. Peguei a câmera e fui para as ruas. (…) De repente eu entendi que a fotografia poderia captar a eternidade instantaneamente” 

Com rápida ascensão na carreira, com 29 anos, já estava no centro do fotojornalismo, fotografando a coroação do Rei George VI e da Rainha Elizabeth. Ousado, com a eclosão da 2º guerra mundial, se alistou para a equipe de foto e filmagem do exército francês, e acabou prisioneiro por 3 anos do exército alemão. Retornou para França após a terceira tentativa de fuga, e retornou aos seus trabalhos.

Bresson tinha um estilo livre, gostava de fotografar fatos cotidianos, apesar de ter registrado momentos importantíssimos da história e grandes celebridades, ele conseguia ter um vislumbre da vida humana muito marcante.

historia da fotografia
“Atrá da gare Saint-Lazare” — Henri Cartier Bresson, 1932

Um artista inspirador, que deixou um belo acervo e muito conhecimento, faleceu aos 95 anos, em Isle-sur-la-Sorgue, em 2004. Inspire-se em algumas de suas reflexões e fotos:

“Minha paixão nunca foi pela fotografia “em si mesma”, mas pela possibilidade, ao esquecer de si mesmo, de registrar numa fração de segundo a emoção propiciada pelo tema e a beleza da forma, quer dizer, uma geometria despertada pelo que é oferecido”

“Dentro do movimento existe um instante no qual todos os elementos que se movem ficam em equilíbrio. A fotografia deve intervir neste instante, tornando o equilíbrio imóvel.”

“Fotografar, é colocar na mesma linha, a cabeça, o olho e o coração”

Três Rapazes no Lago Tanganica, de Martin Munkácsi;

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Anderson Marques

Anderson Marques

Fotografo, palestrante. Premiado em diversas associações internacionais de fotografia de casamento como Fearless, ISPWP, AGWPJA, MIFA, Bride, Fineart e Inspiration.

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