Nascido em Chanteloup, na França, Henri cresceu em uma família abastada, o que proporcionou a ele diversas oportunidades. Mas nada disso diminui o brilhantismo e as batalhas que enfrentou. Desde pequeno, Henri já demonstrava suas inclinações para a arte, especificamente pela pintura, estudou em um estúdio em Paris e guiado pelo seu tio, apesar de seu pai também desenhar, teve como professor um aluno do renomado Fernand Cormon.
Ainda na infância, já fotografava com sua Box Brownie da Kodak, mas foi aos 22 anos, em uma viagem a Marselha, que ele se descobriu como fotógrafo, ao contemplar a fotografia do Húngaro Martin Munkácsi: Três Rapazes no Lago Tanganica.
“A única coisa que era uma surpresa completa pra mim e me levou à fotografia foi o registro de Munkacsi. Quando eu vi a fotografia dos meninos negros correndo em direção à onda, eu não pude acreditar que tal coisa poderia ser captada por uma câmera. Peguei a câmera e fui para as ruas. (…) De repente eu entendi que a fotografia poderia captar a eternidade instantaneamente”
Com rápida ascensão na carreira, com 29 anos, já estava no centro do fotojornalismo, fotografando a coroação do Rei George VI e da Rainha Elizabeth. Ousado, com a eclosão da 2º guerra mundial, se alistou para a equipe de foto e filmagem do exército francês, e acabou prisioneiro por 3 anos do exército alemão. Retornou para França após a terceira tentativa de fuga, e retornou aos seus trabalhos.
Bresson tinha um estilo livre, gostava de fotografar fatos cotidianos, apesar de ter registrado momentos importantíssimos da história e grandes celebridades, ele conseguia ter um vislumbre da vida humana muito marcante.
Um artista inspirador, que deixou um belo acervo e muito conhecimento, faleceu aos 95 anos, em Isle-sur-la-Sorgue, em 2004. Inspire-se em algumas de suas reflexões e fotos:
“Minha paixão nunca foi pela fotografia “em si mesma”, mas pela possibilidade, ao esquecer de si mesmo, de registrar numa fração de segundo a emoção propiciada pelo tema e a beleza da forma, quer dizer, uma geometria despertada pelo que é oferecido”
“Dentro do movimento existe um instante no qual todos os elementos que se movem ficam em equilíbrio. A fotografia deve intervir neste instante, tornando o equilíbrio imóvel.”
“Fotografar, é colocar na mesma linha, a cabeça, o olho e o coração”